O Painel Intergovernamental da ONU sobre Alterações Climáticas (IPCC) alertou hoje para um maior risco de secas, inundações e incêndios florestais na Europa devido aos efeitos das mudanças climáticas tanto a curto como a médio prazo.
O Painel Intergovernamental da ONU sobre Alterações Climáticas (IPCC) alertou hoje para um maior risco de secas, inundações e incêndios florestais na Europa devido aos efeitos das mudanças climáticas tanto a curto como a médio prazo.
Reuters
Esta conclusão consta do relatório apresentado hoje em Yokohama (Japão), elaborado por cerca de 500 cientistas/peritos e representantes políticos, em que se analisa o conhecimento atual das mudanças climáticas e o seu impacto no Homem e na natureza em diferentes pontos do mundo.
Trata-se de "um dos mais completos relatórios científicos da História", afirmou o secretário da Organização Meteorológica Mundial (OMM), Michel Jarraud, durante a apresentação do documento, em conferência de imprensa.
"Já que não há nenhuma dúvida de que o clima está a mudar", apontou, sublinhando que "95% destas mudanças se ficam a dever à ação humana".
O relatório apresentado hoje pelo IPCC - criado pelo Programa das Nações Unidas para o Ambiente e pela OMM - analisa os efeitos das alterações climáticas atualmente e a médio (entre 2030 e 2040) e a longo prazo (2080-2100), tendo em conta um aquecimento global de entre 2 e 4 graus centígrados, baseado em projeções atuais.
No caso da Europa, as mudanças climáticas vão provocar um aumento das restrições de água devido à "significativa redução da extração dos rios e aquíferos subterrâneos" combinada com a subida da procura para irrigação, energia, indústria e uso doméstico, refere o documento, citado pelas agências internacionais.
Este processo intensificar-se-á, em determinadas áreas do continente, devido a uma maior perda de água através do seu processo natural de evaporação, particularmente no sul da Europa", detalha o documento.
Outro risco assinalado para a Europa prende-se com o aumento das vagas de calor, as quais são passíveis de ter um impacto negativo na saúde e no bem-estar públicos, na produtividade laboral, na produção agrícola e na qualidade do ar, bem como elevar o risco de incêndios florestais "no sul da Europa e na região boreal da Rússia".
No relatório, o IPCC alerta, além disso, para a maior probabilidade de inundações nas zonas costeiras devido à crescente urbanização, ao aumento do nível do mar e à erosão da costa.
A fim de atenuar estes riscos, o IPCC insta os líderes políticos a tomarem medidas para reforçar os sistemas de vigilância, advertindo para "eventos climáticos extremos", bem como a melhorarem a gestão de recursos hídricos e as políticas para promover a poupança de água ou para combater os fogos florestais.
"Reduzir estes riscos dependerá da nossa capacidade de mitigar os efeitos das mudanças climáticas e de os adaptar às nossas sociedades", destacou Chris Field, vice-presidente deste grupo de trabalho da ONU.
O presidente do IPCC, Rajendra Pachauri, sublinhou, em particular, a necessidade de se reduzirem as emissões de gases com efeito estufa, um fator "do qual dependerá aquilo que acontecer em muitas partes do mundo nos próximos anos".
Lusa
Trata-se de "um dos mais completos relatórios científicos da História", afirmou o secretário da Organização Meteorológica Mundial (OMM), Michel Jarraud, durante a apresentação do documento, em conferência de imprensa.
"Já que não há nenhuma dúvida de que o clima está a mudar", apontou, sublinhando que "95% destas mudanças se ficam a dever à ação humana".
O relatório apresentado hoje pelo IPCC - criado pelo Programa das Nações Unidas para o Ambiente e pela OMM - analisa os efeitos das alterações climáticas atualmente e a médio (entre 2030 e 2040) e a longo prazo (2080-2100), tendo em conta um aquecimento global de entre 2 e 4 graus centígrados, baseado em projeções atuais.
No caso da Europa, as mudanças climáticas vão provocar um aumento das restrições de água devido à "significativa redução da extração dos rios e aquíferos subterrâneos" combinada com a subida da procura para irrigação, energia, indústria e uso doméstico, refere o documento, citado pelas agências internacionais.
Este processo intensificar-se-á, em determinadas áreas do continente, devido a uma maior perda de água através do seu processo natural de evaporação, particularmente no sul da Europa", detalha o documento.
Outro risco assinalado para a Europa prende-se com o aumento das vagas de calor, as quais são passíveis de ter um impacto negativo na saúde e no bem-estar públicos, na produtividade laboral, na produção agrícola e na qualidade do ar, bem como elevar o risco de incêndios florestais "no sul da Europa e na região boreal da Rússia".
No relatório, o IPCC alerta, além disso, para a maior probabilidade de inundações nas zonas costeiras devido à crescente urbanização, ao aumento do nível do mar e à erosão da costa.
A fim de atenuar estes riscos, o IPCC insta os líderes políticos a tomarem medidas para reforçar os sistemas de vigilância, advertindo para "eventos climáticos extremos", bem como a melhorarem a gestão de recursos hídricos e as políticas para promover a poupança de água ou para combater os fogos florestais.
"Reduzir estes riscos dependerá da nossa capacidade de mitigar os efeitos das mudanças climáticas e de os adaptar às nossas sociedades", destacou Chris Field, vice-presidente deste grupo de trabalho da ONU.
O presidente do IPCC, Rajendra Pachauri, sublinhou, em particular, a necessidade de se reduzirem as emissões de gases com efeito estufa, um fator "do qual dependerá aquilo que acontecer em muitas partes do mundo nos próximos anos".
Lusa
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