terça-feira, 1 de abril de 2014

Ministro do Ambiente promete derrubar mais de 800 casas clandestinas no Algarve

No imediato, vão ser demolidas as barracas dos ilhotes da ria Formosa. A seguir, vêm as casas de segunda habitação nas ilhas de Faro, Hangares e Farol. Os moradores prometem reagir.

Ilha de Faro
As casas de segunda habitação na ria Formosa, por estarem em perigo, têm os dias contados. Para já, vão abaixo cerca 150 barracas situadas nos ilhotes – Ratas, Coco, Altura e Cobras. A operação irá custar entre 2,5 e 3 milhões de euros. 
No passo seguinte, o plano das demolições dirige-se para ilha de Faro, atingindo apenas casas de segunda habitação, situadas a nascente e poente.O ministro do Ambiente, Jorge Moreira da Silva, na semana passada, anunciou a intenção de retomar o processo das demolições, garantido já ter em seu poder a lista de 808 casas clandestinas. A operação custará 16,6 milhões de euros, a incluir no programa dos 300 milhões destinados a intervenções no litoral, com a ajuda de fundos comunitários. O presidente da Câmara de Faro, Rogério Bacalhau, admite que “há mesmo risco” para mais de duas centenas de casas na ilha de Faro, mas coloca algumas reservas. “Ainda não tenho garantias do Ministério do Ambiente de haver dinheiro para garantir o realojamento às 102 famílias de pescadores que aí vivem.”
Jorge Moreira da Silva fixou um prazo – 2015 é a data em que prevê estar concluído o plano de reordenamento do litoral, aproveitando os fundos comunitários para esta área. 
Porém, a Sociedade Polis da ria Formosa detectou que, à lista de 1631 habitações ilegais que constam no levantamento efectuado pelo Parque Natural da Ria Formosa, teve de acrescentar mais duas centenas de casas construídas nos últimos dez anos, consequência de continuarem a surgir anexos às habitações. 

Adaptado de Jornal "O Público"; Idálio Revéz (27-03-2014)


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